quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Bauru está entre as cidades que oferecem menor perigo para adolescentes e jovens

Li hoje no Estadão (caderno Cidades - Metrópole) sobre o estudo que indica o índice de vulnerabilidade de jovens (IVJ) na faixa de 12 a 29 anos, ou seja, o ranking das cidades do Brasil com mais de 100.000 habitantes diante do número de jovens vítimas de homicídio.
O resultado, em síntese favorável à São Paulo, é o seguinte:
As cidades paulistas estão entre as melhores, incluindo a capital, que são as mais seguras. No outro extremo estão Pernambuco e Bahia. A análise levou em conta 266 municípios brasileiros.
Entre as 46 com índice mais baixo de vulnerabilidade (onde o jovem corre menos risco de ser assassinado) 26 cidades estão no estado de São Paulo! São Carlos (SP) é a mais segura, seguida por São Caetano do Sul (SP) e Franca (SP), em quarto vem Juiz de Fora (MG), em quinto Poços de Caldas (MG), sexto Bento Gonçalves (RS), 7o Divinópolis (MG) e no honroso 8o lugar, nada menos que BAURU (SP)!!!!!! Dentre todas as 266!! Maiores dados estão no jornal de hoje.
As piores, bom, não convém comentar, mas estão pulverizadas (Foz do Iguaçu (PR) em terceiro, Marabá (PA) em segundo e Itabuna (BA) em primeiro. A matéria indica a influência grave da guerra do tráfico).
Analisando os índices criminais de homicídio, levando em conta o número de habitantes por município, no âmbito do CPI-4, verificamos que os índices do 4o BPM/I (Bauru) não são muito diferentes dos demais Batalhões, então, podemos comemorar no sentido de que toda a região de Bauru (CPI-4), com seus 6 Batalhões está bem nessa análise, ou seja, muito acima da média nacional no aspecto de segurança dos jovens.
Boas notícias têm que ser mesmo comemoradas.
Estamos divulgando essas informações. Acho que isso merece atenção dos jornais de toda a região.

A matéria completa (versão impresa) é muito esclarecedora.
Acesse o link abaixo para a matéria publicada pelo Jornal O Estado de São Paulo


Capitão PM Franco
Coordenador Operacional do 32º BPM/I (Assis/SP)

Força-Tarefa Itinerante região de Assis (32º BPM/I)

O 32º BPM/I iniciou, neste mês de novembro, uma série de
ações de impacto no policiamento ostensivo da região, chamadas “Operação Força-Tarefa Itinerante”, com foco nas cidades que compõe a sua área e que não possuem sede de Companhia, sendo elas: Maracaí, Lutécia, Pedrinhas Paulista, Cruzália, Palmital, Platina, Campos Novos Paulista, Ibirarema, Tarumã e Florínea (Assis, Paraguaçu Paulista e Cândido Mota têm sede de Companhia). Em um mesmo dia (e período), que é estabelecido em calendário prévio e sem divulgação externa, são realizadas várias abordagens policiais, com buscas pessoais e veiculares, para prevenção da prática criminosa em duas cidades próximas, em horários alternados, mediante a composição de uma força-tarefa que envolve policiais da própria região, mais uma equipe de Força Tática e uma do Canil, ou da ROCAM (programa de policiamento com motocicletas). A mobilização dos recursos ocorre em razão de que, no fechamento estatístico do 3º trimestre de 2009, após análise situacional da evolução criminal, notou-se uma ampliação das ocorrências nas cidades de menor porte, enquanto os demais municípios (Assis, Paraguaçu Paulista e Cândido Mota) mantiveram índice estável ou com tendência de queda. Essa migração da atividade criminosa indicou a necessidade de maior presença policial nos municípios menores da região. A Operação traz como resultado também um apoio aos policiais que trabalham destacados, normalmente dois por turno de serviço em cada município pequeno, transmitindo a idéia de que a Polícia Militar constitui um grupo muito maior e, por outro lado, permite aos policiais em serviço na localidade uma visão crescente de comunidade e a necessidade de constante aperfeiçoamento do serviço. Enfim, a atividade de policiamento ostensivo é complexa e dinâmica, em razão de que sempre surgem fatos que demandam ações para propiciar a sensação de segurança, além do controle da criminalidade local. A Operação “Força-Tarefa Itinerante” é mais uma iniciativa do Batalhão, com planejamento próprio, objetivando aumentar a presença policial nos municípios considerados de maior vulnerabilidade à ação criminosa, promovendo-se buscas preventivas (pessoais e veiculares) e antecipando-se à prática de delitos.
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“Nós, Policiais Militares, sob a proteção de Deus, estamos compromissados com a Defesa da Vida, da Integridade Física e da Dignidade da Pessoa Humana."

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Danilo Gentili é detido em Assis

Programa CQC da BAND exibe a matéria em o repórter do programa, Danilo Getili, é detido durante a gravação. Ele veio para registrar opiniões sobre o Tolerância Zero. É mais uma repercussão nacional sobre a operação policial desencadeada na cidade.
A seguir assista a matéria, na integra, veiculada pelo CQC em 09 de novembro de 2009.





Para o Capitão PM Franco, do 32 Batalhão de PM do Interior, a detenção foi legitima. Leia a seguir artigo no qual o capitão expõe suas razões.

A legítima detenção de Danilo Gentili (do CQC), em Assis

Episódio que ganhou destaque na imprensa nacional, a abordagem policial e detenção do “repórter humorístico” do programa “Custe o Que Custar” (CQC), do Grupo Bandeirantes (Band TV), em 07 de novembro de 2009, no centro da cidade de Assis, São Paulo, merece análise sob o ponto de vista da legalidade da ação policial-militar diante de flagrante desrespeito à lei e à ordem pública.

Para compreensão do ocorrido, interessa observar que a cidade ganhou notoriedade a partir de julho do mesmo ano, em razão da forte reação policial para baixar os índices criminais, em atendimento ao clamor público. Em conjunto, os responsáveis pela Polícia Militar e pela Polícia Civil local adotaram uma série de medidas preventivas e repressivas que passaram a ser conhecidas como programa “Tolerância Zero”, com grande êxito, graças ao apoio da comunidade e também do Ministério Público, do Poder Judiciário e da OAB, dentre vários outros órgãos envolvidos.

Diante da repercussão dessas ações, a produção do citado programa resolveu testar a “eficiência” do programa de policiamento de Assis. Um dos seus integrantes apareceu fantasiado, em uma tarde de sábado, na avenida principal do centro comercial da cidade, com uma peruca de cabelo estilo rastafári, uma camiseta com o desenho de Fidel Castro, uma touca colorida, uma garrafa de bebida alcoólica na mão e com comportamento de quem está sob efeito de substância entorpecente. Nessa encenação, o indivíduo parava o trânsito, provocando os pedestres e motorista, falando e cantando em tom alto, em conduta totalmente destacada em relação àquele ambiente. Provocou, enfim, uma ocorrência conhecida no meio policial como “perturbação de sossego público”, com indivíduo em “atitude suspeita”.

De fato, alguém ligou para o telefone 190, da Polícia Militar, comunicando a confusão (suspeita-se que integrante da própria produção do programa, o que caracterizaria a “falsa comunicação de ocorrência policial”). A dupla de policiais militares que chegou ao local, aproximou-se tranquilamente daquele cidadão e iniciou verbalização durante a abordagem, solicitando que ele mostrasse se tinha algo embaixo da toca e perguntando qual era a sua cidade de origem. Os policiais colocaram em prática, nesse difícil momento por nós conhecido como “hora da verdade”, todos os ensinamentos e treinamentos do procedimento operacional padrão amplamente difundido no âmbito da Instituição para casos semelhantes, agindo em defesa da sociedade, no cumprimento de sua obrigação profissional.

Os policiais notaram divergência nas respostas, pois o suspeito dizia que vinha de Paraguaçu Paulista e instantes depois, confundindo-se, contava outra história, afirmando que, na verdade, estava vindo de São Paulo (a matéria, editada, não mostrou todo o diálogo). Os profissionais de segurança pública conduziram-no, então, para o outro lado da rua (na calçada oposta), a fim de procederem à busca pessoal preventiva, com discrição, pois havia poucas pessoas no lado em que se iniciou a abordagem. A partir de então, quando solicitaram que o suspeito colocasse as mãos sobre a cabeça para ser revistado, houve a primeira reação de desacato (que na edição das imagens foi cortada): o falso bêbado - ou drogado - agitador perguntou: “coloco as mãos em qual das duas cabeças, na de baixo ou na de cima...”, recusando-se em ser submetido ao regular procedimento policial.

Um dos policiais, então, acertadamente, promoveu a sua imobilização, aplicando-lhe uma chave de braço, enquanto o outro realizava a busca pessoal, exatamente como foram treinados em simulações, na sede do Batalhão em Assis, para casos similares de resistência ou desobediência. Depois disso, o revistado mostrou o dedo médio aos policiais, em ostensivo gesto obsceno (inclusive a matéria divulgada mostra esse momento), enquanto dizia, ofensivamente, em tom irônico: “foi justo esse dedo aqui que você machucou, olha!”. Então, corretamente os policiais militares anunciaram que ele estaria detido por desacato e, diante da resistência constatada, algemaram-no para a sua condução em segurança e o transportaram na viatura até o distrito policial, para o registro dos fatos em termo circunstanciado. Somente no plantão policial, o ofensor identificou-se como “repórter humorístico” (e não durante a sua condução, como insinua a matéria editada), o que não alterou as providências de registro policial.

Enfim, esses são os fatos documentados e algumas conclusões devem ser registradas:

1. o efetivo da Polícia Militar, em Assis, foi submetido à prova e, na verdade, toda a Instituição “Polícia Militar” foi testada por provocação inconseqüente, para não dizer irresponsável. A equipe que atendeu à solicitação de intervenção agiu com profissionalismo, sem arbitrariedade, com o uso da força moderada e necessária para superar a resistência de pessoa que causava perturbação da ordem e desacatou a autoridade policial legalmente constituída e em regular exercício profissional de policia preventiva, mediante policiamento ostensivo, em atendimento à noticiada ocorrência em espaço público.

2. a abordagem policial, com busca pessoal, imobilização e condução do detido ao distrito policial teve fundamento legal, pela caracterização, em primeiro momento, da fundada suspeita e, em segundo momento, pela resistência e pelo desacato à autoridade, o que motivou registros policiais devidos e ensejará procedimento judicial, com provável responsabilização ao ofensor. Por sinal, o próprio cidadão admitiu as provocações, o que foi registrado no DP e não quis ser submetido a exames médicos ou periciais, reconhecendo não ter sido lesionado ou agredido fisicamente, além de sentir o desconforto da contenção e da sujeição ao uso de algemas, como naturalmente era esperado, em circunstâncias como essa (ainda, entrevistou o delegado segurando normalmente o microfone logo depois...).

3. A detenção foi incontestavelmente legítima e a ação dos policiais militares adequada. Mantiveram a calma necessária, apesar das provocações e merecem elogio pelo profissionalismo demonstrado no contexto da abordagem policial.

Apenas quem exerce a profissão policial militar tem a noção exata das dificuldades encontradas nesses momentos e o equilíbrio necessário para não perder a calma e não praticar excessos (sendo filmado, ou não).

A Polícia Militar é Instituição que defende a legalidade. Seus integrantes agem dentro de padrões legais e regulamentares, ao contrário do ofensor detido que buscava audiência “custe o que custar”, forjando uma ocorrência na cidade de Assis e brincando com algo muito sério, que diz respeito à segurança das pessoas e os instrumentos lídimos para alcançá-la. Procurou denegrir a imagem do município, de sua Câmara Municipal (durante a entrevista final) e, principalmente, dos policiais militares que atuam com notável empenho. Enganou e tratou com sarcasmo profissionais que são treinados para arriscar a própria vida em defesa da sociedade e não se pode aceitar tal despropósito sob a desculpa de ignóbil verniz de “liberdade de imprensa” . Uma conduta (a do “repórter” disfarçado), enfim, lamentável sob todos os aspectos.

Encerro esses comentários manifestando meu incondicional apoio e incentivo aos policiais militares que atenderam e conduziram a “ocorrência” com tamanho profissionalismo. A comunidade vem manifestando apoio irrestrito à ação policial integrada que dá exemplo de competência para todo o país. Os magníficos resultados operacionais e a redução da criminalidade em Assis falam por si. A resposta às injustas provocações, nesse caso, foi pronta e irretocável sob o ponto de vista legal, com o cumprimento dos procedimentos operacionais regulamentares. Por isso, cada vez aumenta mais meu orgulho de integrar a Polícia Militar de São Paulo.

A partir de agora, acompanharemos, com expectativa, as providências no âmbito da Justiça, para a devida responsabilização cabível ao ofensor.

Adilson Luís Franco Nassaro

Capitão PM Coordenador Operacional do 32º BPM/I – Assis/SP